Em um mundo desigual
Sinto meus lábios amordaçados
Calo-me enquanto minh’alma
grita
Sobre a pressão a mim
prejulgada
Afogo-me em minhas
lagrimas
O meu espírito clama
por justiça
Farda impiedosa
detentora do poder
Poder para julgar e
condenar
Um pobre réu sem
merecer
Atitude de abuso
Fazendo da farda um mau
uso
Não, não sou bandido
Sou um chefe de família
Injustamente punido
Senti que as verbas de
mim arrancadas
Servirão para alimentar
sua prole
Enquanto a minha ficará
com fome
Porem em seu mistério
profundo
Pois Muitas voltas
darão esse mundo
E se desse humilde cidadão precisar
Caso eu não tenha
padecido
Estenderei a mão ao fardado
ferido
Cuja mente doe-lhe a consciência
E o corpo sentirá a dormência
De um infeliz julgamento
falido
Durma em paz nobre
militar
Pelo menos por alguns
dias
A carne pobre da minha família
A sua vai alimentar...
Marcos França
Imagem da WEB