Vejo apenas ruas desertas
Com vergonhas encobertas
Atrás de muros altos, enclausurados
O cidadão do bem, que está retido
Assiste a liberdade do indigno
No mausoléu assombroso
Pelas câmeras aliadas.
Capins rasgando o asfalto
Lixos entupindo as bocas de lobos
Desrespeito ao cidadão
Fica evidenciado o descaso
Maldita lei do mais forte
Ao fraco cabe servir, ou a morte
Impunidade desenfreada
Injustiça afinada,
ou falta de sorte.
Luzes quebradas, fio furtados
Orelhão vandalizado, paredes pixadas
Fetos jogados em lixos, ou lagos
Reflexo da promiscuidade humana.
Viva o presente enquanto ele existe,
O futuro ainda é impróprio para consumo.
Marcos França
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