Atingiram-me
as pedras da guerra,
Com
as dores meus gritos foram exalados.
Senti
meu sangue derramado,
E
perdi a visão do saber.
Agora
neste vestígio imundo,
Tendo
minhas mentiras reveladas
Onde
o prazer da volúpia,
É o
clamor das pedras,
Na
colina do amanhecer.
Senti
o vento da traição,
E
soube que o sabor do medo,
É
uma maldade narcótica,
Que
busca o padecer dos corpos,
Ouvindo
os lamentos das almas,
Onde
o poder do perdão pode ser tardio.
No
flagelo dos meus sentimentos,
Conheci
meus segredos,
E o
desespero do remorso,
Que
atinge minha consciência.
Observei
o véu da transparência,
Sufocando-me
quando mostrava meus pecados.
A
maldade em mim contida, já foi expelida,
E
precisa aflorar a paz um dia plantada,
Em
um coração machucado pelo seu semelhante.
A ganancia
voraz do poder,
Apodreceu
lentamente a vertebra da ética,
E me
coloquei delator para silvar minha cólera,
Não
importando se o traidor foi traído,
Mas
a luz da felicidade radiante,
Clareia
a sombra feita pelo inimigo,
E
lamenta o ódio derramado no perdão,
Que
a guerra não concede.
Marcos França
Imagem Web.