Com medo da solidão
Na cama para quem ama
Transformo o amor que se perdeu
Reluto com a maldição
Que reprime meu coração
Choro esse golpe doeu.
Ah a saudade vem
Para esse amor além das fronteiras
Além das oliveiras
Que me põem a pedir perdão.
Sou amante calado
Ou gemendo no ouvido do pecado
Mas não me permito chorar.
As noites são muito longas
Os dias muito escuros
O mundo é muito injusto
Em meu desespero ébrio de amor.
Eu sinto o suspense a minha volta
Incitado pelo ego da minha revolta
De insatisfação da libido.
Quem dera poder toca-la
Ser passivo em seus desejos
Sentir o mel de seus lábios
Em nossos calorosos beijos
Mas aonde acaba o azul do céu?
Estais escondidas sob o véu
Na distancia longínqua desse amor.
Tudo passa a ser igual
Céu e mar
E o Infinito no horizonte para eu chorar...
Marcos de França
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