Seu cheiro já me falta a narina e o culpado sou eu,
Mas onde agora moram os seus beijos,
Seus sussurros que incomodaram o silêncio,
E relaxaram a minh'alma? Que prazerosa...
Buscava o mel de seus lábios e a ardência de seu hálito,
Nos encontros frenéticos de nossas bocas.
Ah minha amada!
O Osculo daquela volúpia amorosa era santo,
E ofegante sentíamos a imprudência do desejo,
Buscar o prazer da nossa felicidade.
Minha alma está chorando...
Agora são meus soluços que incomodam o silencio,
O meu olhar está naufragado, as lagrimas me venceram,
Sei que em muito escorreram,
E até molharam a raiz da esperança,
Que quando deixei de ser criança, fiz o seu sepultamento.
Na beira do meu caminho cresceram flores,
Teve vindas e idas de amores,
Causando alguns momentos felizes.
Hoje gravado no porão da minha memória,
Fazendo parte da linda história,
Volto a ser um adolescente, buscando em minha mente,
A lembrança do sabor do beijo e a refrescância do hálito,
Que um dia me beijou...
Sufoco o rancor das magoas do destino,
Em uma avermelhada taça de vinho,
Revivo só os belos momentos,
Deixo sobressair meus sentimentos,
E ofereço um brinde a minha sombra,
Que finjo ser a dona, desse coração a deriva.
O tinto que as vezes embriaga,
Encoraja o choro da magoas,
Mas as lembranças não consegue sepultar.
Caso o destino, seda aos meus lamentos,
Não que apenas veja, mas que sinta os meus sofrimentos,
Que ouse mudar as rédeas do tempo,
Para eu viver intensamente todos os momentos.
Mostrar que o amor que esse choro consome,
Levará essa mulher a pura felicidade,
Pelo jovem, que cresceu para ser seu homem.
Marcos França
Imagens Web
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