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sábado, 7 de julho de 2012

Corpo envenenado




Não, eu não menti em sua cama,
Não enganei seus sentimentos,
Apenas evitei o risco de ficar no escuro,
E desencarnei o mal.
Já me embriaguei de desilusão,
E na aclamação do perdão,
Joguei minhas mãos para o alto,
Em busca de uma saída de emergência.
Agora já sei o que não posso ser,
Apesar de ter enlouquecido seu coração,
O fardo é muito pesado, e me sinto acusado,
Ao saber que a felicidade já se passou.
Em minha consciência tingida de sangue,
Repousa o clamor do meu socorro,
Que faz emergir um vale de lagrimas em meus olhos.
Meu grito agora é infinito na racionalidade,
Faz buscar a força divina para eu ver o sol nascer.
Senti- me ferido no leito de sua cama sagrada,
Adeus feiticeira, esse amor para mim é proibido,
Sou filho da guerra em mistérios profundos,
Passei a vida querendo te amar,
E quando consegui, seu corpo já estava envenenado.

Marcos França
Imagem Web

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