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sábado, 19 de fevereiro de 2011





Morte!
E quem disse que eu a temo?
Pois flerto com balas perdidas
Que fazem sons de pernilongo,
ao meu pavilhão auditivo.

Morte!
E quem disse que eu a temo?
Pois eu me deparo com motoristas,
Que fazem do transito um campo anarquista,
onde não respeitam nem a própria vida.

Morte!
E quem disse que eu a temo?
Pois sou obrigado a conviver com marginais,
Que pegam indulto de liberdade, 

"por bom comportamento"
Em épocas especiais.

Morte!
E quem disse que eu a temo?
Pois recebo veredito de um juiz, 

Que julga culposo o crime de um infeliz,
Que ateou fogo em um ser, 
Seu pai pertence a elite do país.

Morte!
E quem disse que eu a temo?
Moro no país da impunidade, d
olares na cueca,
Direitos humanos para praticantes de delitos,
Imunidade parlamentar,
Onde o meu direito se resume ao de me calar.

Morte!
E quem disse que eu a temo?
O caso Nardoni, crime da mala, luz vermelha, 

Corrupção de menores, drogas,
Corrupção parlamentar, justiça cega 
Com balança de dois pesos diferentes...

Marcos França 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Suícidio






Sempre no amor a vida decide
Mas tente lembrar-se de mim
Meu rosto mostra meu coração
Caído à vergonha eterna
O sangue escorrido nas mãos
Mostrou em todos os sentidos
A guerra de um coração calado

Uma natureza em fúria
Que o céu ensinou sua vingança
Mas meu coração não teme a morte
E que o vento amplie o meu olhar
Na escuridão da noite
Perdoe meu insano tormento
Que roubou minha liberdade
E subtraiu minha esperança

Só preciso de alguém para amar
Mesmo no perfume da escuridão
O abrigo onde encontro a paz
É prisão do seu caloroso abraço
Mas sei que você não consegue
Sofrendo entendo que me negue
Pois o amor é o único culpado
Na vida desse nobre bastardo


Minha alma já condenada
Aproxima-se da vida imortal
Vim do sorriso ao abismo
A luz está já esta escurecendo
Confesso fiquei meio temeroso
Mas não se entristeça Amália
O tempo é de grande segredo
E vejo que não posso amá-la
Então lhe dou a liberdade
E parto para a eternidade


Marcos França 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Viajando em um louco pensamento



O céu é meu limite de paraíso
E imagino o meu caminho
Deslizando-me com um tapete voador
Onde o contemplo todo estrelado
Somado as luzes das noites sorocabanas
Em uma viagem de amor eterno
Prometo me deliciar nesses momentos
Entregando-me as loucuras nas alturas
Longe, mas muito longe mesmo
Que se possa imaginar, viajarei
Porque eu sufoco a minha dor
Nos abraços apertados desse amor
Amor que eu mesmo inventei
E na minha loucura lutarei
Na bela represa oceânica
Tal qual um rápido foguete
Na água faz um rastro meu tapete
E observo a onda balançar
Pois na presença do manto negro
Que esconde muitos segredos
Mas da chance ao amor
Fico distante do nada
E ao mesmo tempo perto do tudo
Sentindo o vento da liberdade
Sobre os campos e florestas
Vendo a natureza em festa
E te convido a voar comigo
Minha nobre querida
Venha na minha imaginação
Sinta comigo esse momento
Somos almas calorosas
Que ao deixar o quarto escuro
Será como pular o muro
Ver o fogo ardente por um sinal
E buscar voar para sempre
Apesar de envelhecermos
O que já é um presente
As lembranças dos pensamentos
Leva-nos a sermos eternamente jovens,
Voando nas asas liberdade...


Marcos França
Imagem (Quadro pintado por mestre Maldonado)