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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Consciência acusadora




Na prisão do meu ser
Sufoco minhas vontades
No castigo da castidade
Enterro a vontade, o querer

Sou um ser em aflitos
O pensamento faz-me pecar
Arrependo-me e vou orar
Minha mente está em conflitos

Amostra gratis do sofrimento
É evidenciado no momento
Que revelo meu desejo

Consciência acusa o cortejo
Dificultando o ensejo
E sigo no meu tormento


Marcos França 



Imagem (Quadro pintado pela artista Dináh)

Morreu o homem quando pecou... Mas eis Jesus




Fruto da árvore do saber,
Que a curiosidade aguçou.
Serpente possuída por Lúcifer,
Enganou a mulher,
Que induziu o homem.
A nudez veio a tona,
E a vergonha acompanhou.
Arrependimento da culpa,
Que o poder ofertou.
Um cálice da desobediência,
Derrubou a perfeição do ser.
Rastejará o mais belo dos belos,
Sofrerá a mulher ao parir,
Viverás do suor do seu rosto,
O homem e as gerações por vir.
Convidado a se retirar,
Deixou o homem o paraíso,
Carregando um fardo que muito pesa,
Pois o pecado tirou seu norte,
E de salário lhe deu a morte.
Mas a vida pertence a Deus,
Cristo a trouxe em abundância,
É preciso o homem acreditar,
Pois é  a unica esperança...


Marcos França 

Imagem Web

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A cegueira



Ah essa cegueira!
Cegueira que lhe custa à vida.
Que lhe faz chorar,
Principalmente nas madrugadas,
Às escondidas.
Ah essa cegueira!
Cegueira que lhe furta os sonhos.
Que deixa-o frustrado,
Abatido, tristonho.
Para onde vai esse ônibus, motorista?
Olha para a carta que nunca leu.
Equilibra-se em corda bamba,
Em seu mundo é um artista.
Mas lamenta as chances que perdeu.
Só sei que nada sei,
Perdeu porque não viu,
Não viu porque não leu,
Não leu porque não escreveu.
Ah pobre diabo!
Somente fala em seu dialeto,
Vive exilado neste deserto,
Sem saber se esta longe ou perto,
Na cegueira de ser analfabeto...


Marcos França

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Apenas uma vida



No café água doce,
Esquentado sobre a lenha.
Um sofrimento precoce,
Que o futuro desenha.


Adeus mãe, adeus pai,
Muito cedo o deixaram.
Saudades que o tempo atrai,
Momentos que o amaram.


Partiram sem avisar,
Nem dele se despediram.
E muito fizeram calar,
Aquele sorriso menino.


Criado foi pelo mundo,
Roubou em nome d fome.
Apanhou como vagabundo,
Formou-se em ser homem.


Um dia chegou o amor,
E assim como veio se foi.
Era a mais linda flor,
Mas o destino separou os dois.


Novamente ardeu-lhe o peito,
E a vida lhe pôs a sofrer.
O que de errado teria feito?
Pensou! Talvez fosse nascer.


Beijou o sol na manhã,
E a lua quando anoiteceu.
Sentiu sua vida vã,
Fruto que já morreu.


Conformado com seu destino,
Sentiu que este é sofrer.
Ironia de um desatino,
Segue vivendo por viver.


Marcos França
Imagem ( Quadro pintado por mestre Maldonado)

domingo, 24 de outubro de 2010

Vida no Semáforo




Verde, amarelo, vermelho,
Uma moeda seu moço?
Sim, não, um conselho?
Alma no fundo do poço!

Cara suja cabelos sebosos,
Implora o menino nos carros.
Vidros fechados, intocáveis receiosos,
Amaldiçoado unipresente descaso.

No alto três luzes celeste,
Ascedem, apagam, eis a esperença.
Vermelho em boa hora vieste,
Para estender a mão a uma criança.

Ao ascender o verde,
Faz-se trocar os clientes.
Escalda o sol, suor, calor e sede,
Na chuva gripe e febre ao inocente.

No amarelo forçam passagem,
Pois o tempo é dinheiro.
Não percebem a dolorosa paisagem,
Um pobre menino em desespero.

O mundo já te condenou,
Filho do crack em mãe precoce.
Opção, a vida te ofertou?
Deram-lhe fél, para que esta adoce.

Por entre os carros foi prensado,
Suspirou profundo e agonizou.
Seu corpo na avenida deitado,
Morte que ninguém notou...

Marcos França

domingo, 10 de outubro de 2010

Cama de Pedra



A madrugada foi muito fria,
O dia está começando a clarear.
Os raios de sol cortam a neblina,
Mostrando ao mundo a cama de pedra.
O orvalho que escorre forma piscina,
Que umidecem as cobertas fétidas.
É inevitável a friagem ao seu corpo.
A cama de pedra é impiedosa.
Sua carne é corrompida por chagas,
Seus ossos serrados pela dor.
Chora sua alma sem saber por que,
O destino lhe deu uma cama assim.
Deus abençoe a cachaça que o alimenta,
Que engana o frio, onde o corpo esquenta.
Cama maldita também seja abençoada,
Pois sem ti os rejeitados não teriam nada.
Mas a vida caminha aos seus passos,
E lugar onde uns pisam durante o dia,
Outros dormem ao descaso.
Vai passar outra noite no frio,
E talvez na nova manhã não acordará.
Mas provavelmente ninguém notará o vazio,
De um ser que nesta cama de pedra,
Nunca mais se deitará...

Marcos França

sábado, 9 de outubro de 2010

Deus e eu



Deus, sempre falaram de você,
Alias, cresci ouvindo sobre Deus.
Durma com Deus, Deus te abençoe,
Deus lhe pague, Deus é bom.
Cuidado, Deus castiga!
Mas quem era Deus?
Só sabia que ele morava no céu.
E que um dia quando morresse,
E se fosse para lá, eu o veria.
Definitivamente eu não queria ver Deus,
Tinha muito medo de morrer.
Um dia aprendi a rezar,
Ou orar, sei lá!
Conversar com Deus, questionar
Por que as pessoas morrem? 
Não concordo com a morte,
Mesmo que seja pra te ver.
Mas havia um problema Deus,
Só falaram de você,
E isso não era o bastante,
Foi preciso te conhecer.
Entender as suas leis,
E a graça que nos concede.
Saber que a morte não é sua,
Foi herança do pecado.
Permitu que seu filho morresse,
Para o mundo ser perdoado.
Deus, não precisa morrer pra te ver,
Sua presença caminha ao lado.
É um amigo verdadeiro,
Mostrou isso em seus atos.
Você está no amor, nas obras,
No sentimento, na compaixão,
Na caridade e principalmente no perdão.
Ah Deus, é tão fácil te encontrar,
Basta olhar para o lugar certo.
Como a sí o próximo deve amar,
Que você estará sempre perto.
Hoje sei porque nasci,
Foi para ser um adorador.
Demorei mas entendi,
Sua obra, criador.
Hoje ainda não penso na morte,
Pois ela me gera desconforto.
O importante é que tu és vida,
E sempre vem ao meu socorro.
Somos amigos desde então,
Amigos de conversa, de confissão,
Amigos de conselhos, um ser confiante.
Um amigo conquistado,
A custa de muito sangue...


Marcos França

domingo, 3 de outubro de 2010

O Futuro do Tempo



Anoitece, amanhece, volta a anoitecer,
Dia após dia, ano após ano.
O tempo vai passando, melhorando,
Piorando, reciclando, transformando.

A vida caminha aos seus passos,
Devagar e sempre ou mesmo ligeira.

Somos escravo do tempo,
Servos do relógio.
Mas há um tempo determinado para todas as coisas!

Então por que o desespero?
Ah sei, o tempo não para!
E como faço para alcança-lo?
Passado, presente, futuro.

Voltar é impossível,
Só se vive um momento!
E o presente já não existe,
É passado no instante seguinte!

O futuro, este nunca chegará...

Quando pensar que chegou,
Já é passado, e ainda assim,
Esperará sempre de um novo por vir,

Um tempo, sim um tempo!
Sem começo, sem meio e simplesmente sem fim...


Marcos França
Imagem Web

domingo, 19 de setembro de 2010

Meu anjo solitário em minha eterna solidão.




Um dia frio, gelado, mas não feio.
O inverno tem lá suas belezas.
Um dia solitário, carente de pessoas,
Apenas branco com flocos caindo,
E se amontuando no chão.
Onde eu me deitei sobre a neve,
E mexi as pernas e braços.
Meu Deus eu fiz um anjo!
Mas ele não pode voar,
Suas asas não mexem,
Só fica inerte deitado.
Mas o anjo é um mensageiro!
O que será que esse quer me dizer?
Será que é o meu anjo da guarda,
Com um aviso dos céus?
Ou é só um desenho na neve,
Imaginação do meu anjo Gabriel?
As árvores ficaram nuas,
Despiram-se de suas folhas,
E encararam o frio de frente.
Em sua condição desnuda,
Mostrou-se a flora valente.
E agora estão concentradas,
Preparando-se para apresentarem,
Na primavera sua melhor vestimenta.
Um dia frio, um bom motivo,
Para ficarmos juntinho.
Degustar uns queijos,
Acompanhado de um bom vinho.
Buscar o seu corpo escultural,
Sentir seu calor, provocar a libido,
Ter a sua tentação no caminho.
Mas você não está aqui!
Ah como eu lamento.
Então eu sigo só vivendo,
Um destino que me é dado,
Ou por mim traçado.
Dentro da casa olhei para tudo,
E no espelho me vi só mais um vez.
Ah essa solidão que me maltrata!
Em certos momentos, chega a ser cruel.
Voltei para a neve fazer mais anjos,
Ariel, Rafael, Miguel, para fazerem
Companhia ao meu anjo Gabriel.


Marcos França

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O fim do inferno



O deus do hades é um ser descuidado!
Acabará o fogo eterno com sofrimento.
A morada do diabo, o lugar de lamento,
Já que o seu fracasso está confirmado.

Perderá seu posto o escudeiro Cérbero,
Não pensou no feitiço contra o feiticeiro.
E que ri melhor quem ri por derradeiro,
Apesar de três cabeças, nunhum cérebro.

O fim do inferno estará nas lagrimas,
Derramadas pelas pessoas sem perdão.
Que fogo resistirá tamanha inundação?

Não haverá mais fogo nem perdição,
Até Lúcifer derramará suas lastimas,
Que destruirão um lugar sem estimas.


Marcos França

sábado, 21 de agosto de 2010

O Progresso


Há um regresso alto no progresso,
A máquina hoje em dia faz de tudo.
Na globalização conheço o mundo,
Sem afeto, só com cifras no processo.

O progresso é uma faca de dois gumes,
A humanidade ainda não está atenta.
É insaciável essa fome que se alimenta,
Que mudou nossas vidas, nossos costumes.

Vou pedir a Deus que mude esse meio,
Me assusta tamanha dependência,
Do calor humano o mundo só tem carência.

Vivemos de máquinas em nossa presença,
Conversarei com Deus os meus anseios,
Mas não sei se oro, ou passo um e-mail.

                 
Marcos França

sábado, 7 de agosto de 2010

Pai

Pai, o primeiro verbo que me ensinou,
Não foi com palavras mas sim com ação.
Fez do verbo amar sua vida,
E na lida sobressaiu seu coração.
Pai, tu éis minha fonte de inspiração,
Um exemplo de vida em minha vida.
Pai, eu sei que passou muitas noites em claro ao meu lado,
E ainda foi trabalhar no dia seguinte,
Para que nada me faltasse.
Pai, sempre fez o possível e o impossível,
Para que me fazer sorrir,
Alegando que este era o combustivel,
Para o seu dia a dia.
Pai, eu só posso te agradecer,
Abriu mão dos teus sonhos para,
Que os meus se realizassem.
Ah meu pai, obrigado pela coragem,
Porque mesmo nos momentos difíceis em nossa vida,
Nunca desistiu de mim.
Ensinou-me a respeitar o próximo,
Que apesar de eu viver neste mundo,
Ele não é só meu.
Que todos tem direito ao sol,
Que tenho que respeitar as diferenças.
Já em minha infância me apresentou Deus,
O pai de todos os pais,
E nunca mais nos separamos.
Pai, hoje em lagrimas,
Eu vim aqui para te abraçar,
E te agradecer por ser meu amigo,
Meu guerreiro, meu herói sem medalhas.
Vim mostrar o meu reconhecimento
Pela formação do meu carater,
Pelos abraços apertados,
Pelos beijos carinhosos,
Ainda que espetados pela sua barba.
É meu pai, a flor do amor que plantou em meu coração,
Floresceu e multiplicou-se,
E assim como me ensinou,
Eu me esforçarei para termos um mundo melhor.
Obrigado, meu Pai...

Marcos França
Imagem Web

Amor e Ódio

Do amor ao ódio é uma vírgula,
Cuidado para não apagar.
Encontrará do Éden a víbora,
Que espalhou esse veneno no ar.

É o ódio um sentimento real,
Ou o amor falhou na essência?
Deu lugar a um sentimento desleal,
Facilitando a sua existência?

O amor é um sentimento sublime,
Tem o respeito em sua natureza.
Até mesmo o ódio ele não reprime,
Deixa-o mostrar toda a sua frieza.

Amor e ódio, sentimentos opostos,
Alimentados por uma reação.
O ódio se vinga como muito gosto,
Enquanto o amor exalta perdão.

Apesar de galgar seu espaço,
Ficou o ódio com a fração menor.
Por mais que tente ampliar seu laço,
Será sempre maior o laço do amor.

Marcos França

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Um desabafo sertanejo em amor a sua terra



Seu moço nossa água já se foi,
Com a seca veio a morte no lugá.
Já morreu aqui tudo, inté o boi.
Será que nóis vai te que mudá?


Oia, escarda o sor do meio dia,
E aqui não tem donde trabaiá.
As panela já tá tudo vazia,
Num tem nada pra cunzinhá.


Peço ao meu padim padi Ciço,
Ele vai nóis tudim bençoá.
Essa seca deve di se um fetiço,
E contra isso nóis tudo vai rezá.


No mei du rio só  areia e preda,
Nóis oia, e da uma vontade de chorá.
Nessa seca seu moço, foi nossa queda,
Caimo sim, mais nóis vai levantá.


Semo povo sufrido que nunca deseste,
E a nossa mudança já tem que começá.
O jeito é nóis meiorá o nosso agreste,
Pruque aqui dotô, aqui é nosso lugá.


É certo que nium de nóis vai sedê,
O mió memo, é a genti vivê em paiz.
Cistena, açude, poço e barde,
Prá te água perto, di tudo nóis faiz.


Nóis inverga, mais nóis num quebra,
Di perto nóis já viu a morte.
Já que nesta luta não tem tréga,
Nóis vai prova que nordestino é forte.


Essa terra nóis ama, meu sinhô,
Aqui di tudo nóis vai faze pra vivê.
Pruquê o sertanejo que daqui si fô,
Nesta vida dotô, chegô a hora de morre.




Marcos França

terça-feira, 27 de julho de 2010

Liberdade Conjugal



Voou, sei que voou minha liberdade.
Mas voltará amiga, quando eu precisar?
Em sua ausência sentirei saudades.
Saudades do aconchego do seu lar.


Estarei no cárcere do meu destino,
Somado a um fardo que muito me pesa.
Deixei partir meu sorriso menino,
Pois do amor me tornei uma presa.


Meu corpo agora não é só meu,
Segundo o padre nós dois somos um.
Uma linda moça que me fez só seu,
E da liberdade fiquei em jejum.


Sei que esse amor vai dar frutos,
E nesses frutos a liberdade voltará.
Escondeu na manga o amor esse trunfo,
Que deu vida a esse condenado, por amar.


As vezes a vida escolhe os caminhos,
Ela sabe que erraríamos na certeza.
Entre as rosas pegaríamos os espinhos,
E certamente viveríamos na tristeza.


Majestosa feiticeira que hoje me tem,
Que encarcerou a liberdade de outrora.
Hoje vejo que esse amor muito nos convém,
Pois há tenho em liberdade minha senhora.


Marcos França

sábado, 17 de julho de 2010

Plantas e Flores


Eu não falei das Flores, dos seus perfumes,
Nem das suas cores e qualidades.
Não falei das Rosas que são brancas,
Vermelhas, amarelas ou até rosa.
Não falei da Margarida,
Que assim como a Rosa empresta
Seu nome as pessoas.
Não falei do Cravo, que brigou com a Rosa.
Nem do Crisântemo sem sorte,
Porque em vez da vida enfeitou a morte.
Não falei do Girassol,
Fiel seguidor do astro rei,
Que quando anoitece debruça sobre seu talo,
E fica cabisbaixo como uma criança triste.
Não falei da Bromélia,
Que depende de um tronco amigo para viver.
Não falei do Cacto com suas folhas atrofiadas,
Para manter seu aquífero interno,
Nem do Mandacarú que a seca
Transformou seu sertão num inferno.
Não falei das Tulipas que pode ser amarela,
Simbolizando um amor sem esperança,
Ou vermelha que tem o amor por declaração.
Tão pouco falei do Copo de leite,
Que se fosse condençado,
Deixaria o beija-flor mais contente.
As flores em sua magia,
Tornam o mundo mais colorido,
Ganharam do criador a primavera,
E quando essa chega...
Mostram a beleza que se espera.
Colocam a melhor roupa que tem,
É um festival de beleza e cores assumida
Para dar a essa estação as boas vindas.
Parece um desfile de moda,
Enchendo a natureza de satisfação.
Se não falei das plantas nem das  flores,
É porque essas falam por sí.




Marcos França

sábado, 3 de julho de 2010

A mente em conflito interno



Esta me coloca diante de pensamentos,
As vezes banais, as vezes complicados,
Com um dever difícil de se cumprir.
Ou seja depender do amanhã,
Para se viver o hoje.
O futuro não pertence a mim.
Mas será melhor?
Sei que consumirá um precioso tempo
Do meu presente em sua preparação.
O todo poderoso senhor das razões,
O tempo, eu sei que ele vai passar,
Vai curar, vai modificar.
Mas a certeza é que ele não vai voltar.
O uso da máquina mais perfeita,
Trai-me quando tenho que escolher,
Entre a razão ou emoção.
A razão sempre é muito severa,
Faz-me vitima do seu socorro.
Um dia um adeus formal,
Para um pedido de perdão eterno.
Deixe-me ser feliz, apenas feliz,
Porque pelas consequências dos meus atos,
Estou pagando meus pecados durante a vida.
Busco o vento da liberdade,
Com a ansiedade mais desesperada que existe,
Com medo da vida terminar antes do prazo,
E eu não viver o que poderia ter vivido.
Soluços já me trancam a garganta,
Lagrimas já me escorrem os olhos,
Coração já sangrou por dentro,
E ameaçou calar-se.
Emoção? Essa me coloca em delirios,
Deixa-me em sensação de liberdade,
Vivendo em uma utopia presente,
Com um sorriso irônico e pedindo
A vida só mais uma chance...


Marcos França

sábado, 26 de junho de 2010

Amiga



O paraiso é o instante,
Que ficamos em sua presença.
Onde compartilhamos de sua inocência
De menina refletida em atitudes de mulher.
De amor angelical e coração valente
Somados a atos consequentes,
Com alma leve e espirito,
Sempre sondado por Deus,
Faz com que seja uma discipula
Sempre em evidência.
Com amizade doce e sincera,
Tendo a flor da ternura,
Dentro da mais bela realidade.
Faz um instante tenso,
Ser revertido em harmonia.
Levando-nos a um arrebatamento de afetos!
Oh semeadora de amor ao próximo,
Segui-la-emos nesta luta que encanta
Os espectadores do seu dia a dia.
No passo da longa estrada,
Leva o sonho de um mundo melhor.
O tempo passará por você
Com ventos forte que serão,
Transformados em simples brisas.
Onde a felicidade paire no ar
E todos possam respira-la.
Recebemos um anjo, um querubim
Ou um serafim, que ouviu o chamado.
De corações perguntando
Pelo preço de uma vida,
Esperando o vento da mudança.
Voce deu-nos uma certeza,
Que somos todos irmãos.
Mas que amigo é especial,
Amigo é escolhido pelo coração...


Marcos França

sábado, 19 de junho de 2010

Mulher...



Será que é apenas o sexo frágil?
Ou fala quem não conhece?
Guerreira de um mundo desigual,
Amante, amada, apaixonada.
Busca seu lugar ao sol, mostra seu valor.
Doce geradora de vida,
Não é apenas uma mera reprodutora,
Ou símbolo sexual.
É um ser de tríplice jornada,
Fogo ardente de uma relação.
Entrega-se ao parceiro,
Com a esperança de ser valorizada
Pelo que é, e não pelo que tem.
A beleza feminina não se resume ao corpo,
Deve-se entender a sua alma.
Sinta a sua sensibilidade, ame-a como é,
E não como queira que seja.
Olha para o horizonte,
E imagina o fim do infinito e
Rouba o pote de ouro do arco Iris.
Na redundância da vida, é um ser imortal.
Sentimento delicado, olhar misterioso,
Profundo, carente, solidário.
Protetora desprotegida,
A procura de ouvidos.
Expressa sabedoria,
Porque do barro deu-se a criação,
E da costela a perfeição...



Marcos França

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Noite



A beleza do sol dura um dia.
Depois é a vez da noite se mostrar.
Como é linda a casa de são Jorge.
Ora é um quarto, também crescente,
Outra é nova, podendo minguar.
Brilham estrelas no manto negro.
Repousam os habitantes de vida diurna.
Não é menos bela a noite que o dia.
Sabe disso quem sabe amar.
Misteriosa, imponente, mas não egoísta,
Pega do sol somente a metade do planeta,
Deixando a outra para ele brilhar.
Oh noite que me mostra a luz,
Que a estrela produz,
Que liberta a lua que alimenta os amantes,
Que mostra os flagrantes,
Dos casais apaixonados.
Na madrugada o frio aumenta,
Do calor dos corpos, a vida se alimenta.
Aos primeiros raios está morrendo,
Mas do outro lado está nascendo.
Perpétua em sua beleza,
A uma Fenix e dada a sua realeza,
Pois renasce todos os dias.
Sempre dia após dia...

Marcos França

sábado, 12 de junho de 2010

Senhora



Senhora perdoe-me, perdoe-me...
Por ter feito esperar.
Pelas palavras tardiamente falada.
Perdoe-me por ter sido covarde em meu amor,
Por não ter lutado pelo seu sorriso.
Senhora a esperança ainda me abre os olhos,
Enquanto as circunstâncias me cegam.
Outrora senti o mel dos teus lábios,
Que quando tocaram os meus,
Adoçaram minh'alma.
Senhora, essa distância é uma dor mortal,
Que me dilacera por dentro,
Aluindo meu coração.
E no caminho da vida...
Encontrei-me caminhando em circulos,
Sem chegar a lugar nenhum, sem nada saber.
Senhora houve um tempo,
Em que um beijo nos emudecia,
Enquanto o universo parava em emoção.
Mas se há um futuro para nós, vamos lutar.
Porque a vida era só felicidade,
Felicidade que há de voltar...


Marcos França

domingo, 6 de junho de 2010

Uma Vencedora.



Menina crescida que o corpo tomou formas.
Moça delicada, desejada...
Almejada pelas qualidades que possui.
Mulher constituída por sabedoria, audácia e luta,
Uma criança chorando por dentro.
Que chances a vida te ofertou?
Sei fez do seu jeito.
Certo ou errado apenas fez.
Atire a primeira pedra quem for capaz,
Julgue-a pelos seus erros e acertos.
Procurando caminhar certo por estradas as vezes tortas,
Pisando pedras, tocando espinhos.
Amar a vida, seguir um Deus que a sua graça já basta,
Buscar forças dos Céus, reconhecer o salvador.
E dedicar a sua vida pela vida que ele já doou...
Ultrapassar as barreiras mundanas,
Calçada pela coragem e movida pela fé.
Valente menina crescida,
Transformada por Deus em uma bela mulher.

Marcos França
Imagem (Quadro pintado pela artista Dináh)

sábado, 5 de junho de 2010

Ressucitado



Enterrei um homem lavado por sangue.
Choravam os olhos que a cena assistiam.
Testemunhas oculares do fato consumado,
gritaram aos céus para o salvador.
Enterrei um homem que menosprezava a vida,
que violentava a moral e desrespeitava a honra,
um tolo medíocre depravado que machucava corações.
Enterrei um homem que não tinha crença,
que zombava da fé de quem acreditava,
destruidor de lares, conquistava e abandonava.
Enterrei um homem de coração canalha,
que arrumava desculpas para suas fraquezas.
Enterrei um homem para sanar uma alma,
salvar um espirito em nome de Deus.
Imerso por águas lavou-se dos pecados,
ressucitou-se um homem alicerçado na fé,
dos ensinamentos divino de Jesus.


Marcos França

sábado, 29 de maio de 2010

Um Cenário



Ondas quebram na praia.
A maré sobe e derruba castelos de areia,
que são refeitos pelas crianças em suas brincadeiras.
Gaivotas vão de encontro aos cardumes,
em suas pescarias de vôos rasantes.
O vento trazendo a brisa mansa
ajuda na formação das ondas,
e na sua intangibilidade mostra-nos
a imponência da liberdade,
de quem passeia por todo o planeta.
O sol aparece sorridente em seu esplendor,
abraçando todos de uma só vez,
a assim transmite em seu calor
todo o amor que tem pela Terra.
Nuvens passageiras deslizam na atmosfera,
como se fossem pedaços de algodão solto no ar,
tapando o astro rei em alguns momentos.
A beleza da vida está,
em apreciar os movimentos da natureza.
Porque a vida é o agora,
e precisa ser vivida intensamente.
Pois é um dom divino,
que foi dado em abundância.
Apreciar o cair da tarde,
ver o sol se pôr no horizonte,
leva-nos a refletir.
Que mesmo quando o dia está agonizando,
em sua fase terminal,
ele se esforça e da o melhor de sí,
para fazer com que a chegada da noite seja linda...


Marcos França
Imagem (Quadro pintado pela artista Dináh)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Primeira Vista



Os olhares se cruzaram,
deu taquicardia.
A boca secou nem uma palavra saiu.
O que pensar?
Somente que é linda...
Uma deusa na terra nascida,
a mais bela entre as belas.
Rosto angelical, sorriso surreal.
Voz macia e doce que da vontade,
de ir de encontro aos seus lábios carnudos.
Será que me notou?
Mas olhei ate ficar cansando de ver seu sorriso,
desfilando naquele monumento negro.
Encantadora, dominadora de pobres mortais,
enfeitiçados por sua beleza.
Oh minha rainha entrego-me aos seus pés,
como valoroso e obediente,
soldado do amor pronto para servi-la.
E ali em sua alcova,
um simplês súdito tornar-se-ia rei.
Balançou a cabeça em um gesto negativo,
e coloquei-me em meu lugar,
mas vou continuar sonhando...

Marcos França

domingo, 23 de maio de 2010

Mãe um amor Incondicional



Sonhar o sonho mais lindo,
e viver a emoção de concretiza-lo.
Ter em sí o dom de perpetuar a espécie,
ter a felicidade de ser agraciada por Deus.
Olhar-se no espelho...
E ver o talento de uma metamorfose,
chorar ao saber que é vida gerando vida.
Ser dona de um amor incondicional,
mesclado a uma dor canalha que reverte-se em prazer.
Vidas chorando um canto em duo,
Alegria e susto, amor e medo.
Talvez medo do desconhecido.
Dois corações ligado por um cordão,
numa transfusão de afeto, carinho e amor.
Sensibilidade aflorada, ansiedade depravada,
com dor que não se sente.
Amarei-te minha vida por toda vida...


Marcos França

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Inocência



Ah minha inocência.
Pura como o sentimento de um amor ágape.
Insoluvél aos massacres cortantes,
de fatos mal entendidos.
Crucificada por não poder argumentar,
a pureza do seu teor faltou alibi,
Sobraram lagrimas.
Lagrimas que escorreram os olhos,
cortaram a carne e rasgaram a alma.
Oh alma que chora...
Ao perceber a frieza do seu algoz,
deixando-a desnuda e órfã em sua ingenuidade.
Não pediras perdão eu sei,
mas o tempo refletirá o espelho,
do dragão da maldade em seu olhar.
E a vida vai continuar,
mas nada como antes...


Marcos França

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Oásis



Ecoa-se o som voraz do vento,
Cortando o crepúsculo vespertino já no cair da noite.
Grãos de areias são soprado,
De um lado para o outro, ate que se formem novas dunas.
Tempo depois ao longe para enfeitar o cenário,
Estrelas cadentes rasgam o céu.
Deixando um rastro de brilho,
Que parece nunca se apagar, enobrecendo o véu da noite.
Os astros reluzentes parecem mudar de lugar,
Juntas Três Marias e Cruzeiro do Sul,
Resplandencem no manto negro que caíra,
Até os primeiros raios do astro rei.
Na dança das horas quem ora contemplasse na alvorada,
O verdejante oásis com sua brisa mansa,
Suas águas cristalinas vertida do seio da terra,
Suas palmeiras altas com pássaros raros plantando sementes,
Para perpetuar a beleza do local.
Sim tudo que é feito por Deus reverte-se em vida.

Marcos França
Imagem(Quadro pintado pela artista Dináh)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Angustia



Não quero pagamento para mendigar meu sorriso.
O peito adormecido espera ser acordado,
E no momento certo saberei se devo usar,
Uma camisa de força ou de venus.
Sempre querendo descer da solidão,
Buscar entender a alma feminina e
Fazendo do amor meu único refrão.
Ter a certeza que o presente,
É uma incógnita para o futuro,
Ainda assim eu caminho.
Lutando contra carne,
Desafiando o capeta e apoiado por anjos,
Eu sigo explicando o inexplicavél.
Como a incansável luta entre os extremo da minha mente,
Meu ID que me leva a liberdade,
A depravação e impulsos malucos.
E meu SUPER EGO que vive me punindo,
Arbitrando minhas ações afirmando que tudo é pecado.
Mas existe o  livre arbitrio!
Com ou sem prestígio sou imagem de Deus,
E busco sua semelhança.
E quero encontra-lá
Antes que eu termine a minha caminhada,
Que comecou quando nasci.

Marcos França

Vou Vivendo



Só quem vive a nossa vida,
Para saber como ela é sofrida.
Então como sonhar não custa nada ou quase nada,
Espero um dia nos encontramos novamente,
Para fazermos tudo que ainda não fizemos.
Vivendo ou sobrevivendo,
Eu caminho em direção ao futuro.
Torcendo, traçando, para que em algum,
Momento o passado volte a tona.
É preciso ser um sonhador,
As vezes Dédalo,
As vezes Ícaro com sua exageradas ambições,
E sempre revirando a bolsa de Pandora,
A procura de algo que julgo ser o causador,
De eu ter vendido minha alma ao diabo.
Hosana nas altura e salve a vida que ela é bonita, e
Sendo o ser mais importante da minha vida,
Não posso perder minha religião.

Marcos França

sábado, 15 de maio de 2010

PALAVRAS SÃO FLECHAS



O amor é incondicional e sempre será,
Tem o efeito de minimizar o desperdicio da vida,
Tornando-a bela e eficaz como deve ser.
Palavras ao vento são perdidas,
Aos tolos são insignificantes.
Palavras aos sábios edificam,
E os ignorantes apenas não ouvem.
Palavras se forem mal ditas machucam,
Se forem bem ditas é salvação,
Chega a mover o mundo ou leva-lo a perdição.
Depois de falada,
Esta exercerá o peso do sentimento nela aplicada.
Razão, emoção, deverá pensar!
Sapiência ao se expressar, clareza no falar.
Coração oral, quem cala consente!
Misterioso em seu falar,
O que é o homem com suas palavras?
Se não for homem para mudar o mundo.
Palavras são flechas em busca de alvo,
Profetize vida, exalte o amor, ou cale-se para sempre...

Marcos França