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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Ainda que...



Fúria que é insaciável aos olhos e pensamento
Que faz arder ao terceiro grau de um fogo sedento
Pela voz que clama ao furor indagado
Onde ainda sou um simples réu aprisionado

Sinto que vai explodir no futuro
Imagens de um passado inseguro
Talvez reflexo da paixão mal resolvida
Que ainda não cicatrizou as feridas.

Talvez eu ainda não tivesse errado
Quando me apanhou o devorador de pecados
E me fez voltar ao presente, ainda que descontente
Fiz uma jura eterna, na infidelidade permanente.

Até o mar por onde andei um grande tempo
Onde ainda ouvia os gemidos dos ventos
Hoje apenas carrega as lágrimas da prisão
Do expectador de um ardiloso mundo de sedução

Que me atire à primeira pedra, hipócrita sem destino
Que me mande ao inferno, por ter nascido menino
Mas ainda que eu seja condenado em seus pecados
Mulher serei eu seu eterno apaixonado. 

Marcos França

domingo, 19 de junho de 2011

Um pobre nobre vira lata



A noite está chuvosa,
Poças formam-se nos logradouros.
Um vira lata desvairado, delirante,
Morde os pingos que caem,
Enquanto olha para o alto e
Contempla toda a beleza da lua.
Molhado, faminto e mal cheiroso,
Fixa o olhar e a imagina uma rainha nua,
Mas como súdito de um mundo real,
Revira lixo e rola na lama.
Dos restos encontrados no monturo,
Faz um delicioso banquete,
E sob a marquise monta sua cama.
Na sua angustia verte uma lembrança,
Do mundo que sonhava quando criança, 
Onde todos os corações eram iguais,
Viam no mundo toda a esperança.
Ser um vira lata humano,
Filho bastardo desta sociedade,
Leva-o a rezar pela fartura,
Dos privilegiados nesta desigualdade.
Pois deste sobrarão às migalhas,
Que virão a estes lixos para sua sorte,
Abençoadas sobras rejeitadas,
Que retardará a sua morte...


Marcos França

Imagem da Web

Faces do amor



O maior dos sentimentos,
Sempre está sempre evidência.
Quando se fez humano,
Mostrou sua essência.
Mas quando se fez homem,
Fugiu sua inocência.
Sem explicação se fez passional,
Perdeu sua crença.
Também já se mostrou adultero,
Faltou-lhe inteligência.
No espelho foi narcisista,
Agiu com deficiência.
Um dia o amor virou sexo,
Nisto vimos sua falência.
Mas quando mostrou ser fiel,
Transpôs sua paciência.
Quando o amor fez sua jura,
Expôs sua impotência.
No momento em que se fez ágape,
Vimos Deus em sua presença.
Mas ousou matar em seu nome,
Cometeu a maior imprudência.
Humildemente pediu perdão,
Exaltou sua sapiência.
Sendo o mais precioso sentimento,
Entendemos sua existência.

Marcos França 

Imagem Web

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Saber Escolher



Ninguém é o que tem que ser,
Você é o que escolheu.
Há punição para inocentes,
Mesmo que às vezes fique doente,
É preciso suportar o erro.
Porque as lagrimas formam,
Um lago que pode gerar vidas,
E nem todo herói usa mascara,
Seria uma grande ilusão.
Mas um cavalheiro jamais,
Discute suas enfermidades,
Mas preocupa-se
Com a mascara da morte.
É especial a mulher 
Porque nos trás a vida,
Mas cuidado!
Ela também pode nos tirar.
A emoção é inimiga 
Da verdadeira justiça.
Neste caso apenas caminho
Mesmo sozinho sem destino...


Marcos França 

Imagem: Mestre Maldonado

Adeus Minha Juventude



Por minha juventude perdida
Lamento as lagrimas derramada
Irando-me contra a lacuna amorosa
Pelas flores da primavera
Nas manhãs de setembro
Onde o vento transporta o perfume
A cada momento, a todo tempo
O que digeriu o meu amor?
O que fiz para ter tamanha dor?
Já posso sentir meus delírios
As vertigens corrompem minhas artérias
Minhas luzes foram apagadas
Minhas ruas interditadas
Meu grito de socorro ninguém ouviu
Quando chorei nas madrugadas, 
Ao contrário, o mundo apenas sorriu
Tomado pela irá, movido pela revolta
Meus pêsames aos desejos da minha esperança
E na formatura da minha vida
Já dancei a valsa fúnebre
Sou um humano mendigando
O seu direito de ser jovem
Meus olhos refletem no espelho
A escuridão mostrada em minh’alma
Por Deus não estou louco
Mas assim os ciclos da vida se traem
Assim diante dessa impunidade
Eu me calo, mas lamento eternamente
A juventude que me foi tirada
De uma forma ardilosa, sorrateiramente


Marcos França
Imagem Quadro de pintura Diná
 

domingo, 5 de junho de 2011

Liderança ao alcance de todos



Sim, pensar é o destino do homem,
E me vejo em um mar de decisões.
Procuro administrar meus pensamentos,
E às vezes mudar o final da história.
Faxinar o porão da memória,
E descobrir como mudar a Vida.
Por mais um tijolo na sepultura do chefe,
Fazer tremular a bandeira do líder,
Acreditar que nem toda alma é pura,
Mas as mães balançam seus berços.
Sentir que as flores exalam seu cheiro ao vento,
E mostram ao mundo seu poder de sedução.
Influenciar sobre o que se passa ao redor,
E lutar pelo que acredita,
Inspirando as pessoas nessa mesma direção.
Mas não conta o que sabemos,
E sim quanto o conseguimos transmitir,
Desse precioso conhecimento.
Segurança com credibilidade e respeito,
Fortalecer o carisma e ter atitude,
Com habilidades desenvolvidas.
Não, não a mim a somente,
Mas também não só a ti,
Porem em uma única voz,
Lutamos por todos nós.
Bradamos um grito de batalha,
Derrubamos altas muralhas,
Porque as pessoas vêm em primeiro.
Faça o que eu digo.
Venha comigo...
Tente isso!
O que vocês acham?
Para liderar é preciso de um dom,
Sim, o dom da boa vontade.
Mas a liderança é ciência humana,
Que envolve diversas variáveis.
Buscar um único modelo,
É simplesmente muito limitante...


Marcos França

Imagem da Web

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O traidor



Também é traído que trai,
Pesou Roberto consigo.
Esse homem perdeu seu primo,
Alem de um grande amigo.
No lar Antônio era xucro,
Humilhava a doce Amélia.
Mulher linda de sorriso encantador,
Que Antônio, se negava a ver.
Pra ela só palavras de dor,
A mulher sofria sem merecer.
Mas na vida tudo tem limite,
E o inocente pode se vingar!
Antônio era homem bom,
Menos para dona do lar.
Roberto era sempre bem vindo,
Como se casa fosse sua.
Antonio contava estórias,
Garanhão, predador, irresistível,
Aos olhos de muitas damas.
Roberto dividia com o primo,
Suas aventuras libidinosas.
Mas o pecado mora ao lado,
Ele buscou a mais formosa.
A carne é fraca pode afirmar,
Precisa ser amada essa mulher.
Cobiçou-a com olhar,
Malicioso em seus mistérios.
Entregaram-se à fraqueza da carne,
Consagrou-se o adultério.
Por vários anos sentiu-se amada,
Se viu mulher, valorizada.
Desabafava suas angustia,
E sem juízo se entregava,
Ao amor em pecado que tudo podia.
A mulher reprimida e mal tratada,
Liberava no quarto sua ousadia.
Vindo a tona tudo acabou,
Perdeu Roberto seu primo,
E mulher que só ele valorizou.
Antônio Surpreendeu a todos
Pois Amélia, ele perdoou!
Seguem juntos seus destinos
Nada igual como começou.
Hoje faz de tudo para esposa,
Mudou o estilo de vida.
Mas Roberto saiu machucado,
Pois não cicatriza essa ferida.
A traição tem conseqüências,
Que nós pagamos com a vida.
Uma dor que mina a consciência,
Pois perdeu algo de muito valor,
Perdeu seu primo, seu amigo,
E uma mulher que muito amou. 


Marcos França