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domingo, 10 de outubro de 2010

Cama de Pedra



A madrugada foi muito fria,
O dia está começando a clarear.
Os raios de sol cortam a neblina,
Mostrando ao mundo a cama de pedra.
O orvalho que escorre forma piscina,
Que umidecem as cobertas fétidas.
É inevitável a friagem ao seu corpo.
A cama de pedra é impiedosa.
Sua carne é corrompida por chagas,
Seus ossos serrados pela dor.
Chora sua alma sem saber por que,
O destino lhe deu uma cama assim.
Deus abençoe a cachaça que o alimenta,
Que engana o frio, onde o corpo esquenta.
Cama maldita também seja abençoada,
Pois sem ti os rejeitados não teriam nada.
Mas a vida caminha aos seus passos,
E lugar onde uns pisam durante o dia,
Outros dormem ao descaso.
Vai passar outra noite no frio,
E talvez na nova manhã não acordará.
Mas provavelmente ninguém notará o vazio,
De um ser que nesta cama de pedra,
Nunca mais se deitará...

Marcos França

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