Apesar da sua bondade
Sempre me faz chorar
O pecado do pensamento
Um verdadeiro tormento
Cobiço o que sempre vejo
Meu olhar é traidor
Mostra a minha gula
Revela o meu desejo
Luto contra a carne
Esbarro no instinto animal
Sofro e choro noite e dia
Geralmente finjo alegria
Já sou alma abatida
Talves pela eficiência da vida
Que formou belos seios
Nas mulheres proíbidas
A minha jura, eterno castigo
Todos os dias luto comigo
Mas sempre venço
Saio triste, nada consigo
Mas quando eu perder
E ela ceder, chorarei o prazer
Saberei que no exato momento
Sobre aquele monumento,
Ávido, estarei morrendo.
Marcos França
Imagem da Web
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