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quarta-feira, 16 de março de 2011

O fogão de Lenha





No velho sítio ao pé da serra
Na casa coberta por sapé
Ao chão de terra batida
Onde as paredes de barro
Davam guarida
Morava a felicidade


Na grande cozinha
O fogão de lenha valente
Com panela de água quente
Que o tempo não deteve
Defumava o ambiente


Sua fumaça era o perfume
Mesmo quando causava ardume
Fazia chorar inconscientemente
Com banana assada na chapa
Colhida nas entranhas da mata
Ficou na saudade dormente


Sobre o fogão de lenha guerreiro
Um varal de arame colocado
Com couro de porco pendurado
Que em meio à fumaça ardente
Em alguns dias seria defumado


Companheiro do mestre caboclo
O seu grande amigo rancheiro
Na porta da casa ou no quintal
A sua espera o velho perdigueiro
Caçador com instinto natural
E guardião de um lar florestal


A criação que ali se tinha
Marreco, pato e galinhas
Ora sumiam por entre a mata
Outras entravam na cozinha
E tudo era tão natural


Um banhado com peixes e taboa
Um velho bote na beira da lagoa
Avistado da rede da varanda
Onde ele deita-se quando cansa
E aprecia a vista mansa
Deixando a vida passar.


À noite a fogueira acesa
Com o luar aumenta essa beleza
O majestoso o céu estrelado
E os vaga lumes iluminados
Em um espetáculo particular



O pomar todo carregado
Árvores por todos os lados
Com pássaros entusiasmados
Agradecendo em algazarras
Ao bom Deus por sua morada
Cantam os mais belos louvores


Marcos França


Imagem Mestre Maldonado

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